segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Vale a pena postar denovo!

Hoje em dia, ouvir um “Eu te amo” sincero vale mais que ganhar a mega-sena ou qualquer outro prêmio material que poderia mudar a vida de alguém de uma hora pra outra. Digo isso, vislumbrando o amor verdadeiro (que tudo crê, tudo espera, não se alegra com a maldade e záz!). Um amor que não se compra nos shoppings, que não se enquadra num perfil qualquer de sites da internet.

Talvez eu nem seja a pessoa mais indicada pra falar sobre esse tal amor, que te faz perder a noção da realidade, te faz perder o chão, que te acelera o coração, faz suar frio, perder as palavras, que te mostra coisas que as outras pessoas não veem. Sim é esse mesmo que você está pensando... Aquele sobre o qual Camões ao escrever disse que: “é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é dor que desatina sem doer, é cuidar que se ganhe em se perder...”, e talvez esteja até lembrando-se das boas sensações que este amor já lhe proporcionou.
Em tempos de total deturpação, não se sabe o que esconde um “Eu te amo”, um mero interesse, uma carência, uma paixão ou o próprio amor! O interesse e a carência têm o mesmo fim, como uma planta de raiz frágil: ressecará ao sol intenso. A paixão nem sempre leva ao amor, pois tem prazo de validade e visa à satisfação das próprias necessidades e vontades. Já o amor propriamente dito, se fortalece, pois visa o bem do amado. A felicidade do amante é o bem e a felicidade do amado, algo que atualmente para muitos é utopia ou até mesmo loucura!
Talvez este amor esteja ameaçado de extinção e juntamente com ele os seus amantes, todos aqueles que se deixam inebriar por este sentimento essencial. E ante a todo progresso por nós alcançado e cada vez mais almejado, seja retrógrado expressar o amor. Mas antes que ele se vá definitivamente ou que consigam extingui-lo, quero dizer:

"Oh indescritível amor!
Tua simplicidade confunde até mesmo aqueles que se julgam mais astutos.
Que ao tentar decifrar teus caminhos, acabam se perdendo.
Pois não tens caminho único e talvez nem tenhas caminhos.
Vens de todos os cantos, em todos os tempos, quando menos esperamos
Vens com o canto, com o vento, com os aromas e com as rosas
Com a carícia, com a conversa, com a escuta atenta, com o olhar e com o suspiro
Com o sorriso, com o cantarolar dos apaixonados e te perpetuas nos sonhos dos amantes.
Por isso, faço-te um pedido:
Torna-me sábio, de tal forma, que consiga amar ao máximo e assim fazer valer minha humilde e singular existência.
Torna-me sensível à tua presença, para que quando chegares eu esteja pronto.
Ainda que me chamem de tolo ou até mesmo louco!
Não me importo!
Pois, na realidade, tolo é quem não busca por ti.
Louco é quem insiste em fugir de ti.
Pois não há felicidade verdadeira no mundo sem a companhia do amor."

(Higor Pontes)

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