Se o “se” existisse tudo seria diferente, haveria mais fatos do que possibilidades. Quantas vezes já dissemos: “se eu fosse...”, “se eu fizesse...”, “se eu soubesse... São tantos “ses” que acabamos por perder o que há de mais importante, o que é real.
Esta pequena conjunção condicional faz uma grande diferença na vida de certas pessoas, pois saindo da gramática acaba por se tornar o refúgio dos que param no meio do caminho, uma desculpa aceitável.
Atrás destas duas letras podemos esconder uma vida inteira de tentativas frustradas, decisões mal fundamentadas, escolhas inautênticas. O “se” é o passado que se apresenta como cobrança daquilo que poderíamos feito melhor. Diversas experiências perpassam nossa existência e delas devemos retirar o que há de mais produtivo e edificante, para a nostalgia do “se” nos faça lembrar do quando fomos felizes ao fazer a escolha certa.
Geralmente não sabemos se nossas escolhas são as mais acertadas, mas só o fato de fazer as próprias escolhas é um bom início.